Primeiras Impressões: Kingdom Come Deliverance II agrada ao ampliar sua imersão na Idade Média

3 de fevereiro de 2025
Primeiras Impressões: Kingdom Come Deliverance II agrada ao ampliar sua imersão na Idade Média

A Idade Média é explorada nos games desde os seus primeiros dias, mas poucos games conseguiram reproduzir com fidelidade histórica este momento da humanidade como Kingdom Come Deliverance. O game da Warhose Studios levou muitos jogadores de volta para o antigo Reino da Boêmia, a atual República Tcheca, nos tempos em que este território era parte do Sacro Império Romano, no muito distante ano de 1403.

E passados quase sete anos, e oito milhões de cópias vendidas, chegou a hora de retornamos para a Idade Média, agora com Kingdom Come Deliverance II, que continua a saga de Henry, que começa no jogo anterior como o filho de um ferreiro, mas que agora segue no meio de uma “guerra civil”, em que o protagonista tem como grande problema a ser resolvido questões envolvendo o Sacro Imperador Romano Sigismundo, e seus aliados.

Primeiras Impressões: Kingdom Come Deliverance II agrada ao ampliar sua imersão na Idade Média

Como era comum na Idade Média, alianças e acordos são fundamentais por aqui. E, não. Não é preciso ter jogado o primeiro game para aproveitar o segundo jogo. Mas, é claro que quem já está envolvido com a saga de Henry entenderá melhor os acontecimentos do game. Até porque, desta vez, Henry não é um “Zé Ninguém” que é totalmente inexperiente. Agora, ele já tem sua “bagagem” de vida, embora perceba, em sua jornada, que é preciso estar em constante evolução.

Assim como no jogo anterior, você estará jogando um RPG de mundo aberto com visão em primeira pessoa. E, as suas reações, conversas e escolhas também influenciarão na forma a qual o jogo irá acontecer, para você. Nos primeiros momentos do game, enquanto você está aprendendo e imergindo dentro do universo do jogo, você começa com um pouco de ação, mas depois vai, pouco a pouco, sendo apresentado ao universo de lutas, mas com muita conversa e a busca por escolhas sábias, para sobreviver no mundo medieval.

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Por questões que não vou discutir aqui, mas que não atrapalha a história com um grande impacto, mas você terá que começar, pra valer, sua jornada com uma mão na frente e a outra atrás. E, ao menos para quem gosta de um bom RPG, sem saber muito o que fazer. O game não é muito claro (de propósito) ao te guiar no jogo, dizendo apenas o que tem que fazer e, para chegar até lá e fazer o que tem que ser feito, deixando-o descobrir sozinho.

Para isso, você vai ter que conversar, e muito. E visitar Tavernas, pois desde os primórdios, é no bar que a gente descobre o que acontece nos lugares que a gente visita. Oratória, Carisma e Intimidação, elementos presentes nas conversas no jogo anterior, seguem úteis, mas agora com Aparência, Coerção e Dominação sendo acrescentadas. Convencer pessoas de que você é um membro da nobreza com roupas simples, por exemplo, é um desafio para conseguir informações úteis, enquanto ter Carisma suficiente para garantir um emprego inicial e ter onde dormir, também é parte do jogo.

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Lembrando, também, que o seu comportamento vai definir muito da sua vida no game. Ser gentil, resolver as coisas (ou tentar, pelo menos) na conversa e não causar confusões nos locais vai garantir um tipo de reputação para você, enquanto “bancar o Link” no game, entrando nas casas de qualquer um sem autorização, pegando tudo que não lhe pertence e atacando as galinhas dos outros, vai render uma outra visão da população local a seu respeito.

Nas batalhas, o jogo segue oferecendo combates imersivos, com a proposta de trazer realismo. Seja com uma espada, ou no braço, você pode usar o analógico direito para montar sua guarda, e atacar de forma estratégica. Embora o game também tenha adicionado a besta, que deixa os conflitos mais interessantes, quando ela for necessária. Este tipo de combate desagrada, e muito, os adeptos de jogos mais “rápidos”, mas ao adicionar este toque de realismo no game, a imersão fica ainda mais legal.

Primeiras Impressões: Kingdom Come Deliverance II agrada ao ampliar sua imersão na Idade Média

Gostei também da parte visual. Embora não apresente os melhores gráficos de todos os tempos, a Warhose Studios segue oferecendo uma interessante e bem-vinda correta imersão da Idade Média. É claro que castelos e vilarejos já vemos em games há muito tempo. Entretanto, a forma com a qual esta agora série é apresentada, mostra um trabalho de pesquisa honesto e sincero sobre aqueles dias. A forma com a qual as casas foram feitas, os locais de trabalho, as roupas, as cores usadas (quanto mais coloridos, mais nobre a pessoa é, já que cor naquela época era ostentação) e o estilo de vida dos locais realmente nos mantém dentro daquele período, como o primeiro game. Assim como o conceito de batalhas e diplomacia.

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Para aumentar ainda mais a imersão, deixei o game em tcheco (já que não tem dublagem em português), com as legendas em nosso idioma. E, também posso aproveitar para destacar a dublagem, que é bem interessante, com direito a sotaques variados, mas ainda mais a trilha sonora, que é cinematográfica e, vira e volta, traz uma música épica de fundo, mesmo se estivermos apenas andando no game.

Kingdom Come Deliverance II me deixou impressões muito positivas em minhas primeiras horas de jogatina, por dois motivos principais: a imersão bem feita da Idade Média e da forma “se vira aí” de alcançar os objetivos e construir a sua própria história. Em dias de games que te pegam pelo braço para fazer tudo, um jogo que foge desta “regra” se mostra muito bem vindo, permitindo que o próprio jogador crie o legado de Henry nesta segunda aventura, escolhendo, por exemplo, entre trabalhar honestamente para seguir rumo ao seu objetivo, ou usar meios obscuros para alcançar seu triunfo.

E, prepare muito, mas muito tempo, para jogá-lo. Pois, ao deixar o jogador livre para fazer o que quiser e descobrir por si só o andar da carruagem, trata-se de um game que usa (do jeito certo) o alto número de horas para trazer boa diversão.

Continuarei jogando o game para trazer a análise completa, e compartilhar com você as impressões reais em meio a diplomacias, lutas de espadas, caça e vivência do dia a dia nos vilarejos e castelos do game. O tempo o qual tivemos entre a disponibilização da chave de jogo até a data de fim de embargo não foram suficientes para analisá-lo da forma devida, então deixo hoje as primeiras impressões para você, que está querendo mais do jogo, e trarei, com o passar do tempo, mais impressões deste jogo que, ao menos até o momento, muito me agradou.

Kingdom Come Deliverance II chega amanhã, 4 de fevereiro, para PlayStation 5, Xbox Series X/S e PC.

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Junior Candido

Conto a história dos videogames e da velocidade de ontem e de hoje por aqui! Siga-me em instagram.com/juniorcandido ou x.com/junior_candido

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