As Tartarugas Ninja, Ryu, Goku, Mario e muitos outros te convidam pro crossover mais legal de todos: World Heroes 2
Já imaginou jogar um crossover onde Ryu e Goku disputam suas “magias” e o Mario pode encarar o Bowser na porrada? Pois conheça World Heroes 2, jogo xing-ling lançado para o NES que você pode conferir com a gente!
Capcom vs. SNK, Street Fight x Tekken, Marvel x Street Fighter e Super Smash Bros. são apenas uns de muitos bons exemplos de como a reunião de personagens de universos diferentes acabam virando sucesso e criando legião de fãs. The King of Fighters, por exemplo, consagrou definitivamente a SNK ao unir personagens de várias franquias de que era dona e sempre que algum estúdio anuncia que vai unir forças com outros universos, todos ficam ansiosos pra saber o resultado.
Pois bem, lááááááá nos longínquos final dos anos 80 e começo da década de 90, este tipo de jogo não era tão comum assim, mesmo assim a ideia já fazia parte do imaginário de algumas pessoas e mesmo tendo saído direto dos obscuros estúdios piratas xing-ling da vida, o NES ganhou em meio a sua rica biblioteca um crossover no mínimo, interessante. Imagino o que seria caso este jogo tivesse sido de fato desenvolvido pelos estúdios detentores dos personagens.
E temos um jogo até bem feito. A Cony Corp. of America (é o nome do estúdio) conseguiu colocar doze personagens no cartucho, com doze cenários e várias músicas. Em se tratando de NES e o fato de que em 1994 (ano que está no crédito do cartucho), podemos afirmar que é um milagre tecnológico, já que jogos de luta geralmente exigiam muito espaço dos cartuchos e apenas um ano atrás o Mega Drive tinha recebido Street Fighter II Turbo com os doze selecionáveis selecionáveis.
Vale mencionar também os cenários: o de Mario, por exemplo, conta com várias animações e cores. O cenário tem aquele chão (que acho que foi reaproveitado) de Super Mario Bros. 3, o clássico cenário azul e colorido e dois Koopa Troopas dançando, ampliando os detalhes do cenário; o de Chun Li é semelhante ao jogo dos World Warriors, sendo em uma rua chinesa com alto movimento de bicicletas e mesmo com menos cores e detalhes, impressiona também.
A movimentação também é bem fluida, mas com ressalvas: os bugs tomam conta do jogo fazendo aqueles irritantes “pisca-pisca” da geração 8-bits. Assim como alguns vacilos, como o nome de Goku que está escrito em chinês na barra de energia, Mai Shiranui que (chuto eu, não saberem escrever Shiranui) se chama Mai Mai e o Koopa que chama Kupa. Mas nada que atrapalhe o jogo.
Na tela de seleção de personagens, a lista de fato é muito interessante. Temos: Ryu, que já era figura carimbada de crossover antes mesmo dos arcades do final dos anos 90; Mario, que tem o cenário mais legal e se divertia com pancadaria anos antes de Super Smash Bros. do N64; Chun Li, outra arroz de festa; Sonic, o azulão que é a “própria bolinha” em seus ataques; Leonardo, a Tartaruga Ninja que representa a turma; Haggar, das ruas de Metro City; Bowser, querendo encarar o Mario na porrada e não nos pulos; Yeain (quem?); Andy Bogard e Mai Shiranui de Fatal Fury; Goku, o Super Saiyajin preferido da galera e o “chefão final” definitivo: Vega (ou M. Bison, como preferir).
E garanto que os combates valem a pena. São divertidos pelo simples fato de ver Goku medindo forças com Ryu e tantos outros, que só de pensar nos dá um estresse do tipo “mesa de reuniões com executivos de todas estas empresas com cláusulas e mais cláusulas para tornar isso possível”.
World Heroes 2 é a continuação de um primeiro jogo, mais simples obviamente porém que já ditavam antes uma tendência que hoje é comum em nosso meio: a mistura agradável de personagens de vários universos. Se ficou curioso, dê um jeito de encontrar este jogo (será que tem naqueles cartuchos 999 in 1 das bancas?) e aproveite.