Pequenas ideias, grandes Nintendices. Conheça as ideias da Big N que fazem parte do seu dia a dia gamer!
A Nintendo sempre foi conhecida pelo seu conservadorismo, por Mario e pelas suas ideias um tanto malucas. Apresentamos agora algumas de seus projetos com mais “cara de Nintendo” que já existiram!
Sim, a Nintendo tem uma rica história no mundo dos games e comportamento único no meio. De fabricante de baralhos, tendo até uma rede de motéis (sim, é verdade!), passando pela liderança dos videogames até chegar aos dias de hoje amada por uns e odiada por outros, a casa de Mario, Link e companhia tem o seu valor neste universo.
E também tem destaque as muitas “Nintendices”, que são o tipo de coisa que só poderiam sair das mentes que trabalham nesta empresa. Todos sabemos da sua disposição em querer “estar a frente de seu tempo”. Algumas vezes com sucesso e outras com fracasso a Big N nunca deixou de experimentar. Se por um lado o conservadorismo da empresa até irrita de termos todo ano jogos com Mario enquanto nada de novo vai pra loja (entenda como franquia inédita), num tempo em que até a Blizzard lançou Overwatch, por outro eles sempre quiseram lançar produtos que buscaram revolucionar a maneira de se jogar.
Entre o controle em forma de cruz do NES, os botões L e R do Super NES, a alavanca analógica do N64 até chegar no “controle-tablet” do WiiU, veja algumas Nintendices que provam tudo isso que acabamos de falar.
A leitura das emoções
Em 2009, a Nintendo apresentou o Vitality Sensor para o Wii. O aparelho consistia em medir os sinais vitais de um jogador pelo seu dedo. E entre desconfiança e piada que o objeto virou, a Nintendo acabou cancelando o projeto alegando que ele não funcionou corretamente.
Mas a ideia de monitorar o jogador em suas emoções não morreu aí. O Kinect 2.0 pode monitorar o coração do jogador, engenheiros da Universidade de Stanford estão pesquisando controladores de jogos que podem avaliar as emoções do jogador num jogo e um Kickstarter propôs um survival horror que utiliza as frequências cardíacas do jogador para aumentar a dificuldade. Quem sabe se a ideia não fosse apresentada com o Mario…
Conexão GameCube e GBA para uma segunda tela
Se hoje é comum a “segunda tela”, seja no WiiU ou em aplicativos como os de Beyond ou Metal Gear Solid 5, foi nos dias de GameCube que a Nintendo apresentou este conceito para o mundo. Com o jogo Animal Crossing, você podia ir até uma ilha especial caso o seu Game Boy Advance estivesse conectado ao apaelho. Zelda: Four Swords e Final Fantasy: Crystal Chronicles também contam com este rescurso.
Tudo isso nos leva a pensar o seguinte: será que em 2002 a gente já estava aprendendo a depender de uma segunda tela para comandar nossos dispositivos ou jogos? Lembre-se que é normal e corriqueiro nomes como Xbox Smartglass ou mesmo a função de assistir ao Youtube na sua TV através de celulares.
eReader chegando primeiro que o NFC e “testando” DLC
Desde a chegada do Dreamcast e seu modem que permitia jogos online, a verdade é que a Nintendo nunca ligou muito para a Internet nos jogos. No Gamecube, um adaptador de banda larga existia mas tem gente que nem sabe disso. E como não havia memória suficiente para “baixar” novidades, a solução na época foi usar leitores de eCards do Game Boy Adavance.
O problema é que como não havia local para armazenar o conteúdo baixado, era preciso passar o cartão no aparelho toda vez que fosse jogar, além de ter que conviver com uma pilha de cartões para as funcionalidades diferentes de cada um. Nada prático, mas se hoje temos Skylanders e Amiibos, grande parte desse conceito pode ser atribuída aos “práticos” cartões da década passada.
Jogos online no NES e SNES
Imagine como seria em 1990 jogar Super Mario Bros. 3 com um amigo no 2-player mode mas através de uma “Xbox Live da Nintendo”. Ou um Zelda funcionando como um MMORPG. A Nintendo dos anos 2000 não ligava muito para jogos online mas na era do NES, se arriscou ao lançar o NES Teleplay Modem, só que a tecnologia da época não ajudava muito. Mas com o Satellaview para o SNES, o conceito de distribuição de jogos online (através de satélites, no caso) já era realidade. Jogadores japoneses podiam baixar jogos para o console com o serviço.
Se você hoje não vive sem jogos online, deveria olhar mais para o passado e xingar menos a Nintendo que assim como a SEGA, deram passos largos para ajudar no desenvolvimento do que você curte hoje: matar pessoas pela Internet. E provavelmente antes de você nascer.
O Virtual Boy, o “pai” do Oculus Rift e do Morpheus.
Sim, ele dava dor de cabeça e tinha a realidade aumentada em apenas uma cor, o vermelho, além de poucos jogos e muitos outros problemas, mas o conceito de se colocar um óculos para ter a realidade aumentada nos jogos já existia em 1995. Todos nós sabemos que o Virtual Boy foi um tremendo fracasso sendo esquecido e enfiado num quarto escuro pela Nintendo, mas será que os desenvolvedores dos Oculus Rift não deram uma olhadinha no aparelho durante seu desenvolvimento?
O Power Pad foi a primeira “academia gamer”
De novo voltando aos dias de NES, a Nintendo já queria te ver malhando na frente do videogame e por isso lançou o Power Pad, que tinha sensores de toque para seus pés e vinha com o jogo World Class Track Meet. O tapete exigia que locais diferentes fossem pisados para progressos nas partidas e a partir dali a Konami usou o mesmo conceito para lançar o mais famoso tapete de danças de todos: o de Dance Dance Revolution. E depois ainda tivemos o Wii Fit com suas ginásticas e hoje é comum graças ao Kinect jogos de exercícios nas atuais gerações.
Power Glove, a luva que ensinou os controles de movimento
Neste caso, o filho não é da Nintendo. Aqui o produto em questão é da Mattel, mas sua associação com o console é tão grande que acabou se unindo de alguma forma à história da Nintendo. Seus movimentos obviamente eram limitados e simples, mas não impediu a Nintendo de reinventar o conceito e revolucionar o mercado de games em 2006 ao apresentar o controle do Wii e depois vender 70 milhões de unidades do console pelo globo.
Hoje você joga Playstation 4 em um Dual Shock que oferece sensor de movimento e amplia a maneira de jogar, alem do próprio Kinect que quando bem utilizado pode servir de maneira semelhante.
Ou seja, a Nintendo sempre gostou de inovar. Se suas ideias dão certo ou não, é uma outra história e podemos discutir melhor um outro dia. Mas temos que ter a consciência de que muito do que temos hoje, mesmo em consoles concorrentes só existem porque a casa do Mario com sua vontade de inovar nos gerou essas ideias. Incluindo o próprio jogo do Mario.
Via (Games Radar)